sábado, 2 de janeiro de 2010

2010 começa com dezenas de mortes em Angra
.. . . . . . . . . . . ,.-‘”. . . . . . . . . .``~.,
. . . . . . . .. . . . . .,.-”. . . . . . . . . . . . . . . . . .“-.,
. . . . .. . . . . . ..,/. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ”:,
. . . . . . . .. .,?. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .\,
. . . . . . . . . /. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ,}
. . . . . . . . ./. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ,:`^`.}
. . . . . . . ./. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ,:”. . . ./
. . . . . . .?. . . __. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . :`. . . ./
. . . . . . . /__.(. . .“~-,_. . . . . . . . . . . . . . ,:`. . . .. ./
. . . . . . /(_. . ”~,_. . . ..“~,_. . . . . . . . . .,:`. . . . _/
. . . .. .{.._¨¨_. . .”=,_. . . .“-,_. . . ,.-~-,}, .~”; /. .. .}
. . .. . .((. . .*~_. . . .”=-._. . .“;,,./`. . /” . . . ./. .. ../
. . . .. . .\`~,. . ..“~.,. . . . . . . . . ..`. . .}. . . . . . ../
. . . . . .(. ..`=-,,. . . .`. . . . . . . . . . . ..(. . . ;_,,-”
. . . . . ../.`~,. . ..`-.. . . . . . . . . . . . . . ..\. . /\
. . . . . . \`~.*-,. . . . . . . . . . . . . . . . . ..|,./.....\,__
,,_. . . . . }.>-._\. . . . . . . . . . . . . . . . . .|. . . . . . ..`=~-,
. .. `=~-,_\_. . . `\,. . . . . . . . . . . . . . . . .\
. . . . . . . . . .`=~-,,.\,. . . . . . . . . . . . . . . .\
. . . . . . . . . . . . . . . . `:,, . . . . . . . . . . . . . `\. . . . . . ..__
. . . . . . . . . . . . . . . . . . .`=-,. . . . . . . . . .,%`>--==``
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . _\. . . . . ._,-%. . . ..`\.
Cobertura Especial
2010 começa com dezenas de mortes em Angra

Sábado, Janeiro 02, 2010

73 MORTOS NO BRASIL, 39 SÓ EM ANGRA



O Corpo de Bombeiros localizou mais quatro corpos de vítimas das chuvas na cidade de Angra dos Reis (RJ), informou a Defesa Civil do Estado. Assim, chega a 26 o número de vítimas resgatadas na região da pousada Sankay, soterrada em Ilha Grande, e a 13 os corpos encontrados no morro da Carioca, na parte continental de Angra.

De acordo com a Defesa Civil Estadual, os corpos localizados serão encaminhados imediatamente para o IML (Instituto Médico Legal). Quando há identificação, eles vão para o de Angra; quando não há, vão para o do Rio.

Em todo o país foram registradas ao menos 73 mortes causadas pelas chuvas desde a última quarta-feira (30). O Estado com maior número de vítimas é o Rio, com 61 mortes registradas, sendo 39 apenas em Angra. Outras nove mortes aconteceram nas cidades de Guararema e Cunha, ambas em São Paulo; e outras três em Juiz de Fora (MG).



Foto: André Luiz Mello / Agência O Dia

A Defesa Civil informou ainda que há registro de 565 pessoas desalojadas --estão em casas de amigos e parentes-- na cidade de Angra e 318 desabrigados, ou seja, dependem de abrigos públicos. Desses, 113 eram moradores do morro da Carioca.

A prefeitura de Angra criou um centro de apoio às famílias das vítimas dos deslizamentos. Ele está funcionando na sede da TurisAngra, na avenida Júlio Maria, no centro da cidade, e tem o objetivo do órgão de prestar apoio e fornecer informações a familiares das vítimas. O centro pode ser contatado ainda pelo telefone 0/xx/21/3367-7518.

FILHO DE POLÍTICO SOBREVIVE, MAS PERDE A NOIVA

O filho mais novo do prefeito Abel Larini, de Arujá (SP), escapou da morte em Ilha Grande. A avalanche, que matou mais de 20 pessoas no local, o arremessou para o mar e ele conseguiu nadar até a costa. Após o alívio, veio a notícia triste - sua noiva não conseguiu escapar e morreu. O casal havia noivado no Réveillon, dia da tragédia.

Um amigo falou com eles na madrugada, horas antes do desabamento e disse que eles estavam muito felizes. O rapaz já está em casa, em Arujá sob efeito de medicamentos.

Uma madrugada, duas tragédias

Duas tragédias abalaram Angra dos Reis na madrugada do dia 1º de janeiro. A tragédia na Ilha Grande aconteceu após a queda de uma barreira encobriu a pousada de luxo Sankay, lotada de turistas, e mais sete casas, duas alugadas por temporada, que ficavam na enseada do Bananal. Vizinhos escutaram um forte estrondo do alto do morro às 3h30. Foi quando chegou a notícia de que toneladas de lama, galhos e pedras haviam encoberto um terço da pousada e as casas no entorno. O impacto do desmoronamento levou corpos ao mar.

Vizinhos ajudaram a socorrer vítimas soterradas, mas não conseguiram salvar a mulher que, só com a cabeça acima da terra, gritava para que procurassem primeiro seu filho. No Centro de Angra, uma encosta cedeu e deslizou por cima de várias casas no Morro da Carioca. Segundo os moradores da região, os deslizamentos ocorreram entre 2h30 e 4h, quando muitos já estavam dormindo.

Cerca de 120 homens da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros se empenharam no trabalho de resgate dos corpos no Centro e na Ilha Grande. O governo do Estado pôs todos os helicópteros das polícias Militar e Civil, e do Corpo de Bombeiros para auxiliar no transporte de feridos e dos corpos. A Marinha do Brasil também está apoiando a Defesa Civil de Angra dos Reis com o transporte de pessoal e fornecimento de alimentos para as equipes. Na Ilha do Bananal, a Marinha também faz a interdição da área marítima.

CHUVAS DESTE ANO JÁ MATARAM MAIS QUE NAUFRÁGIO DO BATEAU MOCHE


Imagem mostra resgate do Bateau Mouche, que naufragou no Rio no dia 31 de dezembro de 1988 Foto: Reprodução

Com a confirmação de pelo menos 57 mortes por causa das chuvas que castigam o Rio de Janeiro desde o dia 31 de dezembro, o Réveillon já é considerado um dos mais trágicos da história do Estado. Ele supera o número de vítimas do naufrágio do Bateau Mouche, que matou 55 pessoas no dia 31 de dezembro de 1988.

De acordo com a perícia realizada à época, o Bateau Mouche transportava 142 passageiros que assistiriam às comemorações pela passagem do ano na praia de Copacabana. Os sobreviventes contam que as grandes ondas por causa do mar agitado inundaram o barco, que afundou 10 minutos antes da virada do ano.

Entre as vítimas do acidente estavam a atriz Yara Amaral e o dono dos cosméticos Payot, Silvio Grotkowski. A Polícia Civil indiciou três pessoas, mas ninguém foi preso. Mais tarde, os sócios da empresa responsável pelo barco , todos imigrantes, fugiram para seu país de origem, Espanha e Portugal, que não tinham acordo de extradição com o Brasil.

Tragédia em Angra

Deslizamentos de terra causaram dezenas de mortes na madrugada do dia 1º em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. No centro de cidade, uma encosta cedeu e deslizou por cima de casas no Morro da Carioca. Na Ilha Grande, o deslizamento por conta das chuvas durante a madrugada encobriu a pousada de luxo Sankay, lotada de turistas, e mais sete casas, na enseada do Bananal. Cerca de 120 homens da Defesa Civil, dos Bombeiros e da Marinha participam do resgate.

CORPO DA FILHA DOS DONOS DA POUSADA É RECONHECIDO

Foto: Reprodução/TV Globo


Os tios da jovem que era filha dos proprietários da pousada Sankay reconheceram o corpo de Yumi Faraci, de 18 anos, na tarde deste sábado (2), no Instituto Médico Legal do Rio.

No início da tarde, eles chegaram ao IML e não quiseram falar com a imprensa. Yumi é uma das vítimas do soterramento na Enseada do Bananal, em Angra dos Reis, na Costa Verde do Rio.

Mais sete corpos de vítimas resgatados em Angra dos Reis seguem nesta tarde para o IML da capital fluminense.

Os proprietários da pousada conseguiram escapar, mas não tiveram tempo de avisar a própria filha.

Yumi era apaixonada por música e mantinha na internet uma página pessoal. Além disso, cursava arquitetura e urbanismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O DRAMA NO VELÓRIO COLETIVO DAS VÍTIMAS



O velório começou ontem e muitas pessoas passaram a noite velando os corpos. As doze vítimas que estão sendo veladas são de apenas duas famílias. Tem morador que perdeu cinco, sete e até onze parentes na tragédia.

Eles ainda vivem a angústia da falta de informação de outras pessoas que estão desaparecidas. Para aliviar um pouco a dor, será realizado um culto ecumênico com um pastor e um padre.

Além de toda a tragédia, muitos enfrentam também problemas para liberar os corpos para o enterro.

Dor coletiva. No pátio de um colégio da cidade, o velório de 12 vítimas da tragédia. Sete que moravam na Ilha Grande são da mesma família. As outras cinco viviam no Morro da Carioca, no centro de Angra e também pertencem a uma família só.

Vanessa estava desesperada, acompanhava o velório da tia e de sobrinhas, mas queria mesmo alguma notícia do filho de dois anos. “Meu filho está também com a minha avó soterrado não tiraram não. Perdi minha família toda”, lamenta.

Leandro Brito perdeu 11 parentes nos desmoronamentos na Enseada do Bananal. Três ainda não foram encontrados. “É muito complicado, só Deus para confortar o coração, não é fácil”.

Alem da dor, os parentes têm que enfrentar a burocracia. Como os deslizamentos destruíram tudo, inclusive documentos, a liberação dos corpos para os enterros ficou complicada. Apesar de a Polícia Civil dizer que bastaria o reconhecimento feito por parentes para o sepultamento acontecer.

“Eles não querem liberar para fazer o enterro. Tem que ir à delegacia saber a idade, nome de pai, nome de mãe. Eles não estão aceitando”, reclama Maria Luiza Pereira, camareira.

“Nós estamos com uma funcionária na delegacia fazendo essa interface com a delegacia e o serviço público. O procurador também está em plantão, o serviço da procuradoria para auxiliar e atender da melhor forma esses familiares”, fala Alessandra Jordão, subsecretária municipal de projetos – Angra dos Reis.

O trabalho de buscas na cidade foi retomado no início do dia. Mais quatro corpos foram encontrados, todos eles no Morro da Carioca.

A chuva da virada do ano também trouxe problemas a outros bairros de Angra. O mais atingido é o Perequê, onde centenas de casas estão alagadas. “Você trabalha tanto para conseguir as coisas e vê as coisas indo embora...”.

Só no bairro seiscentas pessoas estão desabrigadas. “O importante é que estamos vivos, graças a Deus”.

BUSCAS CONTINUAM NESTE SÁBADO

Helicóptero ajuda no resgate em Angra

Para o trabalho de resgate acontecer, é preciso caminhar na lama, atravessar toda área onde o acesso é difícil.

Na área desmatada ficava a pousada, mas a área mais atingida é outra, onde existiam sete casa. Dentro das casas estavam quatro moradores e turistas que foram passar o ano novo na ilha.

Toneladas de terras e pedras rolaram pelas casas. Hoje já foram encontrados cinco corpos.

Foi uma madrugada de angustia. A retroescavadeira trabalhou até as três da manha à procura de vítimas. A operação de resgate recomeçou logo quando o dia clareou. Sem chuva e com o tempo ajudando o objetivo dos bombeiros é encontrar mais corpos.

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, chegou neste sábado, pela manhã, à Ilha Grande. “Quero destacar como sempre a integração. O presidente Lula colocou a Marinha do Brasil à disposição, o Ministério da Integração à disposição. Portanto, tudo que tem que ser feito para o socorro, para o resgate, está sendo feito”, fala o governador.

Um novo equipamento, mais leve e menor, deve facilitar as buscas. Os cães farejadores reforçaram a equipe. Quando eles dão o alerta, as máquinas param e os bombeiros entram em ação com pás e picaretas.

“É uma área muito extensa onde temos que fazer o levantamento. Já conseguimos levantar 20% da área, mas falta uma área muito grande”, explica Sérgio Côrtes, secretário de Saúde e Defesa Civil – RJ

A avalanche que soterrou a pousada Sankay e pelo menos cinco casas deixou um rastro de destruição. Toneladas de lama, pedras e árvores encobriram boa parte da praia. Nove pessoas de uma mesma família morreram.

Muitos parentes acompanham as buscas, mas sabem que a possibilidade de se achar sobreviventes é cada vez menor. Na Enseada do Bananal vive uma comunidade japonesa.

Um álbum encontrado nos escombros de uma das casas mostrou o rosto de muitas vítimas. Na Enseada do Bananal todos eles são parentes ou muito próximos. “Nós somos unidos de uma tal forma que não se distingue japonês e brasileiro. Aqui a gente não define raça, define pessoa”, explica Carlos Alberto Geraldo, presidente da Associação de Moradores do Bananal.

Cada dia de busca aumenta ainda mais o sofrimento. Para Roberto o ano ainda não começou. “Só da minha família foram 10 pessoas, entre tios, primos... Difícil falar”, lamenta Roberto Pereira Alves, pescador.

Os primeiros moradores chegaram à praia na década de 30 vindos de São Paulo. Lá montaram fábricas de sardinha, mas como a atividade não foi para frente, aproveitaram a beleza do lugar para investir no turismo.

Entre as 154 construções, existiam 10 pousadas. A única atingida foi a Sankay. Os donos conseguiram sobreviver, mas a filha deles, Yumi Faraci morreu. Há um ano ela foi entrevista quando se despedia da ilha onde cresceu para estudar em Belo Horizonte.

A jovem de 18 anos tinha voltado para passar as festas de fim de ano com a família. Yumi gostava de fotografia e de música. Em uma pagina na internet ela aparece tocando algumas de suas composições.

“Quando a gente achou que conseguiu encontrar um equilíbrio de trabalho, vizinhança, de amizade. O ritmo de uma tragédia desse tipo, a gente ta pensando na cicatriz que vai ficar, não sei por quanto tempo”, diz Carlos Kazuo Tanaki, dono de pousada.

RJ E SP SOMAM 70 MORTES

São Paulo

Nove pessoas morreram vítimas de soterramento em decorrência da chuva que atingiu o estado de São Paulo na sexta-feira (1º).

Cinco pessoas de uma mesma família foram vítimas de um deslizamento de terra na cidade de Cunha, a 231 quilômetros da capital paulista. Uma mulher de 41 anos foi resgatada com vida e seu estado de saúde é considerado estável. O filho dela de 15 anos ainda está desaparecido no local soterrado. Técnicos da Defesa Civil da cidade fazem buscas no local atingido na tentativa de encontrar o garoto.

Em Guararema, na Grande São Paulo, já foram localizados quatro corpos, entre a manhã e o início da tarde deste sábado (2), de pessoas que haviam sido soterradas na sexta-feira, no bairro Ipiranga, segundo informou a assessoria de imprensa da prefeitura da cidade. Entre os mortos estão um senhor de 70 anos, um homem de 45 anos, uma mulher de 22 anos e um garoto de 10 anos.

Segundo o sargento Mário César, dos Bombeiros de Mogi das Cruzes, unidade que atende o município de Guararema, duas pessoas foram resgatadas com vida do local na noite de sexta, mas não há informações sobre idade e sexo das vítimas. A informação inicial que chegou aos Bombeiros na sexta-feira era que cinco pessoas haviam sido vítimas do soterramento, mas, ao chegar ao local, a corporação constatou que seriam seis vítimas.

De acordo com a prefeitura da cidade, as famílias desalojadas foram levadas para um abrigo na Escola Municipal Padre Cornélio. A prefeitura pede que as pessoas que quiserem colaborar com doações de alimentos procurem a Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania pelo telefone (11) 4693-2213.

A única sobrevivente do soterramento em Cunha, Alice Moron Silva, de 41 anos, está internada num hospital de Guaratinguetá, a 187 quilômetros de São Paulo. Ela sofreu várias fraturas e passou por uma cirurgia no abdômen. No soterramento, a vítima perdeu o pai, a mãe, a irmã, o marido e a filha. A família mora em São Paulo e passava o Ano Novo num sítio em Cunha. Os cinco corpos devem ser retirados do local neste sábado e serão levados para o Instituto Médico Legal (IML) de Guaratinguetá, segundo informações da prefeitura de Cunha.

Helicópteros do Exército e da Polícia Militar foram acionados para ajudar as vítimas do temporal na região do Vale do Paraíba, pois as equipes de resgate da Defesa Civil e dos Bombeiros estão tendo muita dificuldade para chegar aos locais onde ocorreram os soterramentos devido aos estragos causados pela chuva que estão impedindo o acesso às estradas. A cidade está isolada. A Defesa Civil procura trilhas na zona rural do município para poder facilitar o deslocamento dos moradores.

Cunha tem uma grande extensão territorial, 1.407 quilômetros quadrados, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A maior parte da população, cerca de 13 mil habitantes, vive na Zona Rural. Outros 12 mil moram na parte urbana, segundo informações da prefeitura.


Rio de Janeiro


O número de mortos pelos deslizamentos em Angra dos Reis, na Costa Verde do Rio de Janeiro, chegou a 39, de acordo com dados da Defesa Civil.

No início da tarde, mais três mortes foram confirmadas na Praia do Bananal, em Ilha Grande, o que elevou para 26 o número de mortos no entorno da pousada Sankay.

Mais cedo, outra morte havia sido anunciada no Morro da Carioca, na região central de Angra, colocando em 13 o número de vítimas na área. No total do estado, as vítimas da chuva que atingiu diversas cidades entre a quarta-feira (30) e a sexta-feira (1º) são 61.

Cães farejadores auxiliam nos esforços de busca por pelo menos cinco desaparecidos na Praia do Bananal. Segundo o subcomandante do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, José Paulo, foram enviados mais 60 homens da capital fluminense para o reforço das ações em Angra.

O governador Sérgio Cabral sobrevoou na manhã toda a área de Ilha de Grande e Angra dos Reis, e defendeu uma "política séria de solo" em todo o estado do Rio. Em conversa por telefone com Cabral, o presidente Lula prometeu ajudar as vítimas da chuva.

"Solo urbano é um problema de todos. Não se pode brincar com o solo. Os americanos não brincam com o frio", disse o governador em entrevista à Rádio CBN, neste sábado (2). Ele também enfatizou a importância de se rever a construção em locais de risco.

SAIBA O NOME DAS VÍTIMAS


Dezenas de pessoas morreram em Angra dos Reis, depois que deslizamentos atingiram Ilha Grande e o Morro da Carioca, na noite do réveillon. Na ilha, a Pousada Sankay foi soterrada. No morro, casas foram destruídas.

Veja os nomes das vítimas confirmados pelos institutos médicos legais de Angra dos Reis e do Rio:

- Marcio Luiz Baccin, 31 anos, de Arujá, SP
- Cecília Secco Baccin, 30 anos, de Arujá, SP (mulher de Márcio)
- Giovane Secco Baccin, 3 anos, de Arujá, SP (filho de Cecília e Márcio. Os três moravam em Salvador, BA)
- Ricardo Ferreira da Silva, 33 anos, de Arujá, SP
- Nathalia Pacheco (namorada Ricardo. Tinham casamento marcado para março)
- Renato de Assis Repetto, 50 anos, de Juiz de Fora, MG
- Ilza Maria Roland, 50 anos, de Juiz de Fora, MG (mulher de Renato)
- Gabriela Ribaski Repetto, 9 anos, do Rio de Janeiro, RJ (sobrinha de Renato)
- Geovana Ribaski Repetto, 12 anos, do Rio de Janeiro, RJ (sobrinha de Renato)
- Yumi Faraci, 18 anos, era filha dos donos da pousada e morava em Belo Horizonte, MG

BRASIL TEM 66 MORTOS

O Corpo de Bombeiros localizou na tarde deste sábado mais dois corpos de vítima do deslizamento que atingiu a pousada Sankay, na praia do Bananal, na Ilha Grande, em Angra dos Reis (RJ). Com o novo dado, sobe para 22 o total de mortes no local e para 34 o total de óbitos na cidade em decorrência das chuvas desde ontem.




Em todo o país foram registradas ao menos 66 mortes causadas pelas chuvas desde a última quarta-feira (30). O Estado com maior número de vítimas é o Rio, com 56 mortes registradas --sendo 34 apenas em Angra (RJ). Outras sete mortes aconteceram nas cidades de Guararema e Cunha, ambas em São Paulo; e outras três em Juiz de Fora (MG).

De acordo com a Defesa Civil Estadual, os corpos localizado neste sábado serão encaminhados para o IML (Instituto Médico Legal), mas não foi informado para qual. Também não foi divulgado o sexo e a idades das vítimas. Outras 12 mortes foram registradas também no morro da Carioca, no centro da cidade, onde outro deslizamento atingiu residências.
Ainda segundo a Defesa Civil, há registro de 565 pessoas desalojadas --estão em casas de amigos e parentes-- na cidade de Angra e 318 desabrigados, ou seja, dependem de abrigos públicos. Desses, 113 são do morro da Carioca. Já o numero de pessoas desaparecidas não foi informado pelo órgão.

A prefeitura de Angra criou um centro de apoio às famílias das vítimas dos deslizamentos. Ele está funcionando na sede da TurisAngra, na avenida Júlio Maria, no centro da cidade, e tem o objetivo do órgão de prestar apoio e fornecer informações a familiares das vítimas. O centro pode ser contatado ainda pelo telefone 0/xx/21/3367-7518.

A prefeitura de Angra criou um centro de apoio às famílias das vítimas dos deslizamentos. Ele está funcionando na sede da TurisAngra, na avenida Júlio Maria, no centro da cidade, e tem o objetivo do órgão de prestar apoio e fornecer informações a familiares das vítimas. O centro pode ser contatado ainda pelo telefone 0/xx/21/3367-7518.

Mortos

Ao todo, oito corpos de vítimas já foram identificados. Os últimos a serem confirmados são de Marcio Luis Bassin, 31; de sua mulher, Celícia Ceco Bassim, 30, que estava grávida de seis meses; e de um filho do casal, Geovane Seco Bassim, 3.

A identificação foi feita pelo irmão de Márcio, Anderson Bassin, segundo a rádio CBN. A família morava em Salvador, na Bahia. Eles passaram o Natal em Arujá, em São Paulo, e foram com um grupo de 22 amigos passar o Réveillon em Angra.

Além das últimas três vítimas identificadas, o IML do Rio informou que também foram identificados os corpos de Renato de Assis Repetto, que não teve a idade divulgada; Gabriela Ribaski Repetto, 9; Geovana Ribaski Repetto, 12; e Ilza Maria Roland, 50.

Segundo o órgão, todos moravam no Rio. Seriam todos da mesma família e estariam em uma casa alugada ao lago da pousada Sankay, na praia do Bananal. Os outros quatro corpos que estão no instituto aguardam identificação.

Outros oito corpos foram levados para o IML de Angra. Funcionários do IML de Angra informaram que também foi identificado o corpo de Isabella Godinho, estudante de Arquitetura e Urbanismo da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

De acordo com o Corpo de Bombeiros, também morreu a jovem Yumi Faraci, filha do dono da pousada Sankay, e amiga de Isabella Godinho.

Não há confirmação sobre os donos da pousada. Informações preliminares apontam que entre os mortos estão ao menos 12 turistas. Seriam de São Paulo, do Rio e de Minas. Em uma casa ao lado da Sankay estaria um grupo de 14 pessoas de São Paulo.

A prefeitura decretou luto oficial em Angra por três dias. Com o decreto de calamidade, o município poderá obter recursos ou contratar serviços sem licitação.

Em nota divulgada na tarde desta sexta, o governo do Estado afirma que o momento é triste e doloroso.

59 FERIDOS JÁ FORAM ATENDIDOS, MORTOS CHEGAM A 33

A giant mudslide at the Sankay Inn resort, two hours west of Rio de Janeiro, killed 22 and injured dozens, state officials said.

Bombeiros, agentes da Defesa Civil e voluntários intensificaram as buscas por vítimas da tragédia provocada pelas chuvas em Angra dos Reis, no litoral sul do Estado do Rio. Deslizamentos de terra na Ilha Grande e no continente mataram pelo menos 33 pessoas na cidade. Esse é o número de corpos já resgatado pelos bombeiros. Doze pessoas estão sendo veladas em um colégio.

Há pouco, os corpos de uma criança e de uma idosa foram retirados do rastro de lama, pedras e escombros deixados pelo deslizamento de uma barreira no Morro da Carioca, no centro histórico. No local, 13 corpos já foram resgatados e outras seis pessoas estão desaparecidas.



Outros dois corpos já teriam sido localizados pelas equipes. Agentes da Defesa Civil estão retirando moradores de áreas de risco porque ainda há riscos de novos deslizamentos. Apesar da trégua da chuva e do tempo bom, há previsão de novos temporais.

Na Ilha Grande, onde uma avalanche de lama e rochas destruiu uma pousada, casas de nativos e de veraneio na Enseada do Bananal, mais um cadáver foi localizado esta manhã, elevando para 20 o total de mortos na região. Ainda não há confirmação sobre o número de desaparecidos nessa área. O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), deve visitar a ilha nesta manhã.

Nos hospitais de Angra dos Reis, 59 feridos em consequência dos deslizamentos foram atendidos.

Homem perde dois dedos em acidente com fogos de artifício

Segundo Ministério da Saúde, três pessoas se feriram com artefatos.
Em hospitais federais, foram atendidas cinco pessoas baleadas.

Um homem de 50 anos perdeu dois dedos da mão depois de um acidente com fogos de artifício no Rio, segundo o Ministério da Saúde (MS). Ao todo foram seis pessoas atendidas por problemas com esse tipo de artefatos em hospitais federais nesta virada de ano.


Ainda de acordo com o ministério, as unidades federais no Rio registraram 448 atendimentos entre os dias 31 e 1º. Além de acidentes com fogos, cinco pessoas foram baleadas, quatro foram feridas por armas brancas. A maioria, no entanto, foi atendida por causa de mal estar, problemas com álcool, entre outros.

Copacabana não teve casos graves

A Secretaria municipal de Saúde do Rio informou na manhã desta sexta-feira (1) que o réveillon em Copacabana não teve registro de casos graves.

Nos cinco postos de atendimento montados ao longo da Avenida Atlântica foram realizados 829 atendimentos médicos, de acordo com dados da secretaria. A maioria dos casos foi de intoxicação alcoólica, entorses e cortes. 30 pessoas chegaram a ser removidas para hospitais públicos.



Sem ocorrências criminais

A Polícia Militar (PM) confirmou por volta de 2h desta sexta-feira (1º) que o público presente em Copacabana atingiu os 2 milhões estimados pela prefeitura. Segundo o coronel Rogério Seabra, não houve ocorrência criminal que tenha sido comunicada à PM durante a noite.

Seabra informou que o clima no Morro do Pavão-Pavãozinho também foi de paz. Uma Unidade de Polícia Pacificadora foi instalada na favela no fim de 2009.

Seabra informou que ainda vai fazer uma ronda nas delegacias da área para ver se houve algum registro criminal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário